Grêmio Estudantil para que serve?
- Gremio Estudantil

- 8 de nov. de 2023
- 6 min de leitura
O protagonismo faz com que o estudante seja mais ativo e participativo em sala de aula, sendo o responsável pelo seu conhecimento, para que assim desenvolva habilidades e competências necessárias para a sua evolução.

Com as inovações e transformações na área da educação, a cada dia que passa, o estudante vem se tornando protagonista em seu processo educacional.
Hoje em dia, com novas metodologias de ensino, o estudante passa a ter mais autonomia nos estudos e a buscar conhecimento de diversas maneiras.
Diferente dos métodos tradicionais que o estudante tinha uma postura mais passiva em relação ao saber, em que apenas recebia o conhecimento, o protagonismo no processo educacional, está trazendo inúmeros benefícios ao estudante, tanto para o desenvolvimento escolar quanto para o desenvolvimento pessoal e profissional.
O protagonismo faz com que o estudante seja mais ativo e participativo em sala de aula, sendo o responsável pelo seu conhecimento, para que assim desenvolva habilidades e competências necessárias para a sua evolução.
Quais são os benefícios:

A seguir, apresentamos qual a importância do protagonismo do estudante em seu processo educacional:
Autonomia:
O protagonismo faz com que o estudante se torne autônomo na busca pelo seu conhecimento. Dessa maneira, ele se torna responsável por suas escolhas e decisões, se torna capaz de solucionar desafios, agir e pensar por si mesmo.
Esse perfil acaba beneficiando a vida pessoal e profissional do estudante, pois o torna responsável e independente.
Criatividade:
A criatividade é muito importante, pois ela contribui com a capacidade de pensar e criar soluções para diversos desafios.
Uma pessoa criativa consegue passar por adversidades e elaborar maneiras diferentes e inovadoras de execução. Essa característica faz com que a pessoa tenha destaque no âmbito profissional.

Pensamento crítico:
O protagonismo faz com que o estudante busque informação, desenvolvendo o pensamento crítico, que favorece na construção de uma sociedade mais consciente em relação a opiniões e escolhas, além de adquirir flexibilidade em debates e resolução de problemas.
O pensamento crítico é de extrema importância para lidar com as questões do cotidiano.
Trabalho em equipe:
O aprendizado para o aluno protagonista é incentivado de diversas formas e o trabalho em equipe, debates, trocas de informações, também são bastante incentivados, o que traz uma consciência sobre o coletivo, o respeito às diferenças e a habilidade de socialização.
Autoestima:
Quando o estudante é incentivado a ser protagonista do seu próprio processo educacional, ele se sente importante e valorizado, pois seus pensamentos, suas ideias são levados em consideração.
Motivação pelo aprendizado:
O estudante protagonista se sente mais motivado a aprender e a buscar conhecimento, pois sua educação é estimulante e inovadora, pois o professor se utiliza de recursos para transformar as aulas, deixando o conteúdo e as atividades mais atrativas.

Processo de aprendizado eficiente:
Com um comportamento ativo e protagonista no aprendizado, o estudante consegue absorver melhor o conteúdo, pois está a todo tempo sendo incentivado a ir atrás do seu conhecimento, a debater e compartilhar ideias, informações, testar, praticar, ou seja, seu conhecimento não fica estagnado.
Como incentivar o protagonismo do estudante em seu processo educacional:
Para fomentar o protagonismo do estudante, o professor deve proporcionar um ambiente propício ao desenvolvimento da turma, em que o estudante consiga debater, compartilhar informações e praticar.
Para isso, o professor deve incentivar os seus estudantes a se expressarem, compartilharem seus conhecimentos com a turma, fomentar debates, trabalhos em equipe, despertar a curiosidade, apresentar novas maneiras de ensino, se utilizando de recursos pedagógicos e tecnológicos, elaborar aulas práticas e expositivas, além de buscar novas metodologias de ensino para otimizar as aulas e desenvolver o protagonismo do estudante.
O que é o Movimento Estudantil?
Movimento Estudantil é uma forma de organização política protagonizada por estudantes das mais diversas faixas etárias. Apesar dessa diversidade etária, o movimento estudantil é formado, principalmente, por alunos do Ensino Médio e por alunos das Universidades.
s longos anos 60 do século XX, marcados pelos inúmeros e variados rostos da Guerra Fria, foram tempos de mudanças políticas, sociais e culturais à escala planetária. Entre outros, a década caracterizou-se pela intensificação da vida dos movimentos sociais, culturais e políticos já existentes, particularmente os vinculados aos setores operários e agrícolas e pelo surgimento de outros “novos” - ecológicas, feministas, de vizinhos, gays e lésbicas, consumidores, pró-direitos civis, pacifistas, etc. -, que pretendiam fazer do mundo algo mais habitável, livre, justo e solidário. Os “novos movimentos sociais” ou “movimentos alternativos”, introduziram algumas variáveis nas suas argumentações e mobilizações que transcendiam as formas, as motivações e as reivindicações tradicionais da luta dos trabalhadores e que refletiam as mutações nos estilos de vida social e cultural que se estavam a produzir. Assim, em primeiro lugar, incorporaram no seu discurso uma crítica ideológica ao conceito de modernidade e às teorias e modelos de desenvolvimento prevalentes. Em segunda instância, desenvolveram a noção e a experiência de identidades coletivas. Para além disso, envolveram e puseram em movimento diversos e variados intervenientes, para além da questão proletária. Em quarto lugar, transformaram os estilos e modos de se organizarem, agora mais descentralizados e participativos, baseados na solidariedade interpessoal, em práticas de comunicação mais fluidas, na toma de decisões de forma coletiva e consensual e da redistribuição dos bens sociais. Por último, desenvolveram a sua atividade num - então moderno - espaço situado entre o público e o privado, que incorporou estilos de vida próprios desta esfera na outra, transformando as suas motivações em objetivos em algo legítimo, mediante a praxis e os feitos consumados, pelos intervenientes e pelas instituições políticas oficiais: o espaço das políticas não institucionais. (HALL, 1970; MARWICK, 2005; OFER; GROVES, 2016; OFFE, 1985).
Alguns destes movimentos obtiveram um impacto significativo na educação das regiões geográficas onde exerceram a sua influência. Em alguns casos, possibilitaram, entre outros, a abertura e modernização dos sistemas educativos, a introdução nos mesmos de algumas doses de equidade, a sua progressiva democratização, o surgimento de outras formas de educação à margem do oficial, mais vivas, dinâmicas e críticas, com um marcado carácter social, por vezes, popular, especialmente na América Latina. (BRUNO-JOFRÉ, 2016; GROVES, 2014; IGELMO ZALDÍVAR, 2016).
Os movimentos de estudantes universitários que se desenvolveram à escala planetária durante o longo ’68 (HERNÁNDEZ HUERTA, 2018) foram um exemplo significativo das formas que adotaram os novos movimentos sociais e uma genuína manifestação dos jovens em ação, de uma “nova geração” capaz de ouvir “o tic-tac” do futuro-presente, caracterizada em todas as partes “pela sua pura coragem, por uma surpreendente vontade de agir e por uma não menos surpreendente confiança na possibilidade da existência mudanças” e pelo que fez da revolução global dos estudantes “um dos acontecimentos totalmente imprevistos” do século XX: o feito de se tratar de uma “revolução estudantil quase exclusivamente inspirada por considerações morais”. Apesar deste substrato comum, a variedade desses movimentos foi ampla. As particularidades que adquiriram dependeram dos traços culturais, sistemas políticos, diretrizes na Guerra Fria, conjunturas socioeconómico e idiossincrasias várias instaladas nas regiões geopolíticas onde se desenvolveram e, dentro destas, diferenciaram-se de universidade para universidade, dependendo das culturas académicas, das tradições municipais e dos equilíbrios de forças sociais, Na América Latina, particularmente na Argentina, no Brasil, no México e no Uruguai, as reivindicações dos jovens universitários, o mesmo que em outras latitudes, contemplaram o aumento da ideia de democracia, a revisão do conteúdo histórico da mesma e a posta em prática de uma estilo mais participativo. Contudo, adquiriram outras nuances, uma vez que se viram notavelmente condicionados, entre outros, devido à pobreza estrutural e à instabilidade política da região, os planos de desenvolvimento económico, social e cultural implementados pelos EUA na região, a consciência do alcance e dos efeitos da revolução cubana, os recentes ventos da reforma do Vaticano II, a teologia da liberação, o incipiente pós-colonialismo, a questão indígena e afroamericana, o marcado elitismo socioeconómico, o caráter autoritário e o desfasamento das instituições de ensino superior e a aparição de formas e estilos críticos de socialização e extensão das culturas à margem das vias institucionais. (CAGNOLATI, 2011; CAREY, 2016; CARRILLO-LINARES, 2015; DELGADO; GAUTREAUX; ROSS, 2016; MARKARIAN, 2017; MARWICK, 2005; ROMÃO, 2008).
Efetivamente, o Brasil, que vivia sob uma ditadura militar desde 1964, não ficou à margem da corrente internacional. Pelo contrário, neste espaço geopolítico o movimento estudantil foi, por um lado, um dos setores mais vivos, dinâmicos e comprometidos com a modernização da Universidade brasileira e, por outro lado, significou uma das mais representativas formas de resistência frente à ditadura militar, iniciada quatro anos antes. Durante 1968, particularmente de março a outubro, as mobilizações e atividades dos estudantes foram especialmente intensas e estenderam-se por boa parte da geografia universitária o país, destacando os focos de Rio de Janeiro e São Paulo (HERNÁNDEZ HUERTA, 2017). Todavia, tais atividades estudantis tiveram o seu fim em dezembro, depois do Ato Institucional n. 5 (AI-5), que inaugurou uma nova etapa na evolução da ditadura, marcada por uma política de repressão e censura mais intensas e de mais largo espectro
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Créditos:
https://www.scielo.br/j/heduc/a/vr3WdNHw6p3DvLdm8T7spFm/?lang=pt





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